terça-feira, junho 29, 2010

Campos merece mais - II

Outras imagens da área urbana de Campos "fisgadas" do Google Earth. Mais duas fotos identificadas como de autoria do Eliabe de Souza. Esta primeira informa a localização como sendo da rampa de Sete Lagoas:
Do mesmo autor, outra imagem mostrando ao fundo o morro do Itaóca e a Lagoa de Cima:
PS.: Clique sobre as imagens para vê-las em tamanho maior.

Um comentário:

Anônimo disse...

POR QUE A EMENDA PEDRO SIMON SE TORNOU NECESSÁRIA E POR QUE OS ENTREGUISTAS BATEM NELA

Fernando Leite Siqueira

Quando foi concluído o relatório final da Câmara dos Deputados, sobre o PL 5938 do Governo Federal, que muda o contrato de concessão (da Lei 9478 de FHC, pelo qual, 100% do petróleo é de quem produz) para o de partilha da produção (onde a União Federal recupera a propriedade do petróleo), a AEPET descobriu um `contrabando` introduzido pelo relator, deputado Henrique Alves, o parágrafo 2º do artigo 42 do projeto do Governo.

Trata-se da absurda devolução ao consórcio, em petróleo, dos `royalties` que ele pagasse em reais. Ora, isto significaria `transformar o Brasil num imenso paraíso fiscal`, ou seja, abrir mão de um imposto que monta, no presente, cerca de US$ 15 bilhões (R$ 27 bilhões). Em 2020 chegaria a US$ 30 bilhões, cerca de R$ 54 bilhões. Assim, consumado esse absurdo, teríamos o pior contrato de partilha do mundo.

Denunciamos esse absurdo a vários parlamentares, tendo o Senador Renan Calheiros se comprometido a levar essa informação ao presidente Lula, pois a introdução dessa emenda piorava muito o projeto do Governo. Simulações que fizemos mostram que, pelo projeto do Governo, a União ficaria com cerca de 60% do óleo produzido; com a esdrúxula emenda do relator, essa participação cairia para 30%. É ou não absurda?

O Senador Pedro Simon, a quem explicamos detalhadamente a matéria, ficou atônito e fez um discurso no Senado no mesmo dia, mostrando a dura realidade. Foi aparteado pelo senador Francisco Dornelles, que disse: `Isto transforma o Brasil num imenso paraíso fiscal`.

Denunciamos o fato numa audiência pública no Senado e quando perguntado pela imprensa quem seria o patrocinador dessa emenda, não titubeamos: `Se vocês procurarem quantas audiências públicas o cartel internacional, incrustado no Instituto Brasileiro do Petróleo (IBP), fez no Senado, só este ano, com um desfile de lobistas, vocês identificarão facilmente a origem dessa malfadada emenda`.

Entrevistado, o autor da inclusão, deputado Henrique Alves pôs a culpa na Petrobrás, e, com isto, cometeu dois erros: 1) consultamos o presidente e vários diretores da Petrobrás e eles não sabiam de nada; 2) mesmo que tivesse partido da Petrobrás a ideia da emenda, ela não se justificaria, visto que causaria um imenso prejuízo à Nação.

Veio a votação no Senado. Conversamos com o relator Renan Calheiros, que nos disse: `Olha eu prometi derrubar essa emenda, mas a relatoria passou para o Senador Romero Jucá. Fale com ele`. Falamos, e o Senador nos disse: `As emendas referentes a royalties foram retiradas. Serão votadas em separado`.

Não satisfeitos, perguntamos: `E a emenda da devolução dos royalties, também ficou para depois?` Resposta: `Falei com o fulano, do governo, e ele disse que isto não tem problema`.

Suspeitamos de outra inserção sub-reptícia para devolver os royalties para o consórcio. Fomos ver o texto do relator e, bingo!, lá estava camuflada em quatro artigos, a famigerada devolução dos royalties para o consórcio.

O relator Jucá inseriu um acréscimo nos artigos 2º; 10º. inciso III, letra d; 15º. inciso V e 29º. inciso V, do projeto do Governo. Assim, se fez necessária a emenda Pedro Simon, para retirar esse absurdo e ainda corrigir a emenda Ibsen, pois já que a União deixaria de perder os R$ 54 bilhões, de mão beijada para os consórcios, dava para ela ressarcir os estados produtores das perdas de cerca de R$ 6 bilhões causadas pela emenda Ibsen Pinheiro.

No dia seguinte, grande parte dos lobistas, incluindo a mídia hegemônica, bateu sem trégua na emenda Pedro Simon, indignados pelo prejuízo dos seus patrocinadores. Nenhum deles mencionou a verdadeira motivação salva-pátria da emenda Simon.

http://www.aepet.org.br