quinta-feira, janeiro 17, 2008

Dicas

Férias leva a descanso, livros, filmes, etc. Ontem depois de ver o entardecer da cidade do alto do morro do Itaóca (não entendo porque tão poucos campistas conhecem) fui ver o filme “O amor nos tempos do cólera”. Excelente filme. Bela fotografia e um enredo, que por incrível que pareça, achei mais atraente, do que o livro que gerou o roteiro. Este, assim como, “Cem anos de solidão”, o mais tradicional livro que contribuiu para o colombiano, Gabriel García Marquez ganhar o prêmio Nobel de Literatura, por mais de uma vez comecei e não acabei de ler. Achei estranho o fato do filme, que está na única e última sessão de uma das salas do CineRitz em Campos, ter sido assistido por, algo em torno de vinte pessoas. O filme vale sua conferida. Se ainda tiver dúvidas leia aqui a resenha do Aristides Soffiati, através da coluna Cimeatógrafo que ele escreve com o pseudônimo de, Edgar Vianna de Andrade, na Folha da Manhã. Uma bela história descrita no tempo e espaço de uma geração. Férias também me leva a leituras que provocam escritas e que talvez explique, porque tantas postagens aqui no blog. Livros, jornais, computador com acesso à grande rede e tempo livro acabam como armas e munições de um blogueiro. Dos livros opto por duas indicações. A primeira acho que já comentei, se for o caso, repetindo: “As cem melhores crônicas” de Mario Prata. Uma compilação de crônicas publicadas em jornais e revistas. Uma delícia nas férias. Outro livro lido há algum tempo e que me surpreendeu foi “Queda livre” de Otavio Frias Filho. São sete ensaios bem escritos que encaminham para uma autobiografia. Outro livro está na pilha daqueles a serem lidos “Paixão Índia”. Histórias da Índia sempre me fascinaram. Comprei este a partir de uma resenha de jornal. O casamento de uma espanhola da Andaluzia com um marajá indiano com histórias de amor e traição. Para continuar as férias, caminhadas (fotografando os abandonos) música e uma gelada em meio a este calor, porque ninguém é de ferro.

4 comentários:

Anônimo disse...

Caro Dom Roberto,

Belo programa,

Nas "outroras" de minha vida, quando acreditava que podia mudar o mundo, pois na verdade era o meu mundinho que mudava todo dia...Li esses dois livros...Há pouco os reli...claro, o impacto é outro, não menos significante, mas distinto, para um senhor de meia-idade como eu...

Acho, e só dou um palpite...que talvez "O amor nos tempos..." seja o livro mais "roteirizado"de Gabo, por isso o encantamento na tela...que por sinal ainda não vi...

Em tempo, "Memória de minhas putas tristes" é lindo, e mais adequado a jovens senhores como nós...

Xacal..direto de Macondo.

Roberto Moraes disse...

Olá Xacal,

Acho que quis dizer roteirizável, ao invés de roteirizado. Infelizmente, não posso ainda concordar ou discordar. O filme me fez ter vontade de agora ler o livro.

Interessante observar que o filme está gerando opiniões bastante díspares, a meu ver fato corriqueiro para casos como este de livros que se transformam em roteiros.

Para isto, julgo que matou a charada ao afirmar que o sentimento e as opiniões de um livro lido, raramente é igual a de quando relido. Alguns chegam a dizer que o livro escrito é um e o lido é outro e ainda outro no correr do tempo. Isso fatalmente leva a questionamentos sobre a qualidade do roteiro, da direção, dos atores porque o filme que se vê é quase sempre diferente, daquele que construímos mentalmente ao ler a história escrita.

Até por isso, sou sempre de opinião que um livro apreciado que vira roteiro de filme deve ser sempre visto e revisto na tela, mesmo sabendo da grande possibilidade deste conflito.

Recordo-me de algo semelhante quando vi "Memórias do cárcere" de Graciliano Ramos. Também apreciei mais o filme que o livro. Aliás, já procurei algumas vezes para rever em DVD e nunca achei. Gostaria de revê-lo, mesmo sabendo que, como "um senhor de meia-idade" como se intitulou dificilmente sentirei igual emoção.

Ainda quero ler "Memória de minhas putas tristes", porém, o livro de Gabo que no momento está na pilha dos livros a serem lidos é "Viver para contar".

O que me contas sobre destas memórias da infância e da juventude do mestre?

Abs,

Anônimo disse...

Roberto, sobre seus comentários e do Xacal:
- Eu sou um dos campistas (por adoção) que não conhece o alto do morro do Itaóca. As suas fotos mostraram um beleza que eu não esperava existir na planície.
- Sobre o filme: vou conferir. As resenhas do Arthur Soffiati (e do filho dele, Gustavo) costumam ser uma orientação precisa. Também (ainda) não li o livro.
- O "Memórias de Minhas Putas Tristes" é um livro pequeno, de leitura fácil e muito bom.
- Se você gosta de livros sobre a (vida na) Índia recomendo o recente "A Distância Entre Nós" de Thrity Umrigar (Editora Nova Fronteira).
- E, sobre adaptações para o cinema de bons livros, recomendo não perder dois lançamentos: "Desejo e Reparação" e "O Caçador de Pipas".
Abraços.

Anônimo disse...

Caro Roberto,

Quis dizer roteirizado pelo estilo literário...logo roteirizável, pelas possibilidades...

Abraços,

Xacal