terça-feira, junho 13, 2006

Sumiço do engenheiro na P-27

Não sei se os leitores deste blog sabem, mas minha relação com os petroleiros embarcados começa com os amigos ex-alunos da então Escola Técnica federal de Campos e se amplia com a minha pesquisa que culminou, em dezembro de 1994, com a defesa de minha dissertação de mestrado na Coordenadoria do Programa de Pós-Graduação em Engenharia, COPPE da UFRJ, cujo tema foi: “O Trabalho Off Shore”. Posteriormente, o contato permanente com alunos e ex-alunos petroleiros na minha trajetória de professor e diretor-geral do Cefet Campos só fez aumentar esta relação que se traduz também com o orgulho de ver os resultados produzidos por eles e que passaram ser objetos de artigos publicados neste blog e na Folha da Manhã em Campos. Toda esta relação me fez estar constantemente antenado com tudo que diz respeito ao dia-a-dia desta categoria de trabalho. Acrescente-se a isto ainda, a minha formação e atuação como profissional e docente da área de segurança do trabalho onde a análise do trabalho do ser humano é objeto constante de investigação e pesquisa. Neste contexto, a notícia do sumiço do engenheiro Fábio Augusto Pontes de 30 anos desde quinta-feira, 8 de junho, da plataforma P-27 localizada no Campo de Marlim, mexeu comigo. Não o conheço pessoalmente, mas a ocorrência de acidente ou qualquer caso, mesmo um de origem ainda indefinida como este, me fez ter interesse em acompanhar a situação. Por conta do relatado acima, hoje consegui obter algumas novas informações sobre o caso que reparto com o leitor deste blog. Este era apenas o segundo embarque do Fábio como coordenador de produção da plataforma. Há informações de relatos da família do engenheiro que diz ser o mesmo portador de uma anomalia que o faz dormir repentinamente por até dois dias consecutivos. Há informações circulando na Bacia, de que um amigo com quem convivia numa república em Macaé ter também presenciado a ocorrência deste estranho distúrbio. A empresa autorizou no início desta semana o embarque de um agente da polícia federal na plataforma que levou um cão farejador que fez buscas na expectativa de encontrá-lo num destes possíveis episódios de crise em que estivesse dormindo compulsivamente. Os investigadores avaliam também a possibilidade da ocorrência de uma síndrome depressiva com outras conseqüências. Além disso, a Petrobras continua a busca aérea com sobrevôo na região da plataforma desde quinta-feira, 8 de junho, rastreamento com barcos e contato permanente com a Marinha através da Diretoria de Portos e Costas (DPC) e novas buscas na própria plataforma. Há muita expectativa e comentários em toda as plataformas na Bacia de Campos por conta da indefinição da situação que já hoje vai para o sexto dia.

5 comentários:

Anônimo disse...

Roberto, boa noite... sou amigo de faculdade do Fábio, nos formamos em 2001 na Unicamp e também estou muito intrigado com esta estória... ninguém na turma nunca tinha ouvido falar nessa síndrome de sono compulsivo... Se tiver alguma novidade (mesmo que seja só boato ou simples especulação de botequim), peço entrar em contato. Obrigado e um forte abraço,

Roberto Moraes disse...

Olá Rodrigo,

Gostaria de responder a você por e-mail. Para isso precisaria do seu endereço,

Sds,

Roberto Moraes

Anônimo disse...

Caro Roberto,
Sou amigo do Fabio e erámos companheiro de Rugby, o esporte que eu pratico e ele praticava. O conhecia muito bem, pelo menos ha 4 anos.
Ficamos muito triste com o acontecido e gostaria de lhe pedir o favor, q se tenha novidades sobre o caso, nos informe a respeito. Temos a home page do nosso time www.curitibarugby.com.br que fizemos um pequena homenagem a ele.
Meu e-mail é leo.frota@terra.com.br
Agradeço desde já.
Abraço,
Leonardo

Emanuele disse...

Ele era meu coordenador e estava a bordo quando tudo aconteceu...ate hoje tento entender o que houve...

Roberto Moraes disse...

Olá Emanuele,

Você poderia falar sobre este assunto para o blog?
São 5 anos que se passaram...

Aguardo resposta.
Sds.